No Mercy é removido do Steam após polêmicas e proibição no Reino Unido e Austrália

O jogo No Mercy, desenvolvido pela Zerat Games, foi oficialmente retirado do Steam após uma série de polêmicas envolvendo seu conteúdo. Classificado como uma "visual novel adulta", o título apresentava cenas explícitas de sexo e violência, e acabou sendo banido no Reino Unido e na Austrália, o que resultou em sua remoção completa da loja da Valve.

A polêmica ganhou força após autoridades desses países alegarem que o jogo promovia conteúdos inaceitáveis, incluindo estupro e relações não consensuais. O secretário de tecnologia do Reino Unido, Peter Kyle, se posicionou publicamente, criticando plataformas como a Steam por permitirem a comercialização de conteúdos desse tipo e pedindo medidas mais rígidas de moderação.

Apesar da remoção da opção de compra, a página de No Mercy ainda pode ser acessada no Steam, mediante verificação de idade. Os vídeos de divulgação já davam indícios do conteúdo controverso, com cenas explícitas que iam além do erotismo, o que contribuiu para a repercussão negativa.

Em resposta às acusações, a Zerat Games publicou um extenso comunicado defendendo seu trabalho. Segundo a desenvolvedora, muitas imagens e vídeos divulgados como prova contra o jogo teriam sido tirados de contexto ou até mesmo manipulados, além de alegar que parte das críticas misturam ficção com realidade. A empresa também declarou que não promove nem apoia violência, mas acredita que os desejos e fetiches individuais devem poder ser explorados em um ambiente seguro e consensual, ainda que na ficção.

“Entendemos totalmente que para muitas pessoas tais coisas podem ser nojentas, mas, durante o sexo, as pessoas realmente devem poder fazer o que querem, contanto que não machuquem ninguém.” — Zerat Games

A Zerat Games ainda criticou a repercussão dada por criadores de conteúdo e jornalistas, afirmando que o caso ganhou proporções desnecessárias por conta de informações distorcidas. Para preservar sua relação com a Valve, a empresa afirmou que optou por remover o jogo voluntariamente de todos os países em que estava disponível.

Fonte: Eurogamer