Nintendo processa streamer por promover pirataria em jogos

A Nintendo entrou com uma ação judicial contra o streamer Jesse Keighin, conhecido publicamente como Every Game Guru que, abertamente, fazia transmissões de jogos pirateados e incentivava a prática entre seus seguidores. Conhecida por sua postura rígida contra a pirataria, a Nintendo alegou que o streamer violou direitos autorais ao reproduzir ilegalmente vários títulos populares e promover o uso de emuladores e cópias ilegais.
O processo argumenta que o conteúdo do streamer prejudica as vendas legítimas e desencoraja o apoio aos desenvolvedores. Em seus vídeos, o streamer chegou a descrever métodos de obtenção de cópias não autorizadas dos jogos, o que agravou a situação. A Nintendo, em seu comunicado, destacou que a pirataria não apenas infringe a propriedade intelectual, mas também impacta negativamente a sustentabilidade da indústria de jogos.
Nintendo:
“Não apenas transmitindo jogos vazados, mas também fornecendo diretamente aos usuários links para softwares de evasão, chaves criptográficas proprietárias e repositórios de ROMs pirateados, o réu dá a seus espectadores tudo que eles precisam para piratear jogos quando desejam”
A Nintendo alega que, ao todo, o streamer, que fazia questão de se vangloriar publicamente de suas ações, compartilhou mais de 50 conteúdos obtidos de fontes não autorizadas. A empresa afirma que, antes de recorrer à ação judicial, tentou derrubar vários canais mantidos por Keighin, mas ele simplesmente migrava para novos perfis para continuar divulgando materiais piratas.
Nintendo acusa streamer de lucrar com pirataria
Além de compartilhar conteúdos de jogos obtidos ilegalmente, o canal Every Game Guru também lucrava com suas transmissões usando ferramentas como o CashApp. Além disso, o criador é acusado de compartilhar ROMs ilegais, chaves de ativação e emuladores nos canais que administrava.
A empresa está buscando uma indenização de US$ 150 mil (cerca de R$ 869 mil) para cada violação cometida, o que pode resultar em um valor total de dívida para o streamer variando entre US$ 1,5 milhão (aproximadamente R$ 8,7 milhões) e US$ 7,5 milhões (R$ 43 milhões), dependendo dos critérios aplicados. Além disso, a empresa solicita uma multa adicional de US$ 2,5 mil por cada instância em que o streamer utilizou emuladores, como o Ryujinx, ou forneceu materiais que facilitassem o acesso ilegal a jogos por terceiros.
Casos como este reforçam a postura da Nintendo em proteger seus produtos e combater a distribuição de cópias ilegais, uma ação que se tornou recorrente à medida que a pirataria cresce nas plataformas digitais. A empresa espera que o processo atue como um exemplo para desencorajar a prática entre criadores de conteúdo e jogadores.
Esse processo é mais um capítulo na longa luta da Nintendo contra a pirataria e seu impacto na indústria de games, especialmente em um momento de expansão digital e popularidade dos streamings.
Fonte: Polygon