Nintendo processa Pocketpair por uso de conteúdo protegido e Pocketpair revela detalhes do processo

Nintendo processa Pocketpair por uso de conteúdo protegido e Pocketpair revela detalhes do processo

A Pocketpair, desenvolvedora por trás de títulos populares como Craftopia e Palworld, revelou detalhes sobre um processo judicial movido pela Nintendo. Segundo a Pocketpair, a ação legal envolve o uso de conteúdo que a Nintendo alega infringir sua propriedade intelectual em alguns dos jogos da desenvolvedora. Embora a Pocketpair não tenha especificado quais elementos foram contestados, especula-se que o uso de mecânicas ou visuais semelhantes aos de jogos da Nintendo tenha sido o ponto de partida.

A Nintendo é conhecida por proteger rigorosamente suas propriedades intelectuais, frequentemente tomando ações legais contra empresas ou desenvolvedores que utilizam elementos próximos aos de suas franquias, como Pokémon e The Legend of Zelda. No caso da Pocketpair, a influência de certas mecânicas de captura e de exploração de criaturas em Palworld chamou atenção, o que pode ter levado a Nintendo a agir judicialmente.

Suposta violação de patentes em Palworld

De acordo com um comunicado publicado no próprio site da Pocketpair, a Nintendo alega que o jogo Palworld violou três patentes específicas:

  • Patente 7545191
  • Patente 7493117
  • Patente 7528390

O comunicado destaca que essas patentes foram registradas pela Nintendo entre fevereiro e julho de 2024 e suas aprovações ocorreram entre maio e agosto do mesmo ano. Cabe lembrar que Palworld foi lançado em 19 de janeiro de 2024, antes das aprovações oficiais dessas patentes.

Apesar das datas citadas pela Pocketpair estarem corretas, ao menos segundo os registros de patentes acessíveis no Google, é importante notar que essas patentes são derivadas de registros anteriores da Nintendo e da The Pokémon Company, datados de 2021. As duas primeiras patentes envolvem mecânicas de jogo, como a possibilidade de o jogador lançar uma esfera (semelhante a uma Pokébola) para capturar criaturas. A terceira patente, por sua vez, está relacionada ao uso das criaturas em atividades como voar ou escalar, restringindo o uso dos “Pals” como montarias.

Além da ação judicial, a Nintendo e a The Pokémon Company estão exigindo uma indenização de 5 milhões de ienes (aproximadamente R$ 188 mil), mais juros, e buscam uma liminar que, se aprovada, poderá resultar na suspensão das vendas de Palworld.

A Pocketpair emitiu um comunicado afirmando que está em diálogo com a Nintendo e que busca resolver a situação de forma amigável. A empresa destacou que respeita a Nintendo como uma das líderes da indústria e que está disposta a fazer as alterações necessárias para manter seus jogos disponíveis. Esse processo serve como um alerta para desenvolvedores independentes que utilizam elementos inspirados em franquias populares, lembrando-os da importância de inovar e criar características únicas para evitar conflitos legais.

Até o momento, nenhuma das empresas divulgou detalhes sobre um possível acordo ou mudanças em jogos específicos da Pocketpair, mas os fãs dos títulos aguardam novidades, preocupados com possíveis alterações que possam impactar a experiência de jogo.

Fonte: Kotaku