"Maior parte do mercado de jogos não quer o Game Pass", afirma investidor

"Maior parte do mercado de jogos não quer o Game Pass", afirma investidor

Um recente artigo publicado pelo portal The Information revelou aspectos intrigantes sobre a recepção do Game Pass no mercado de jogos. Segundo Gus Zinn, gestor do Macquarie Science and Technology Fund, que possui ações da Microsoft, muitas empresas da indústria têm demonstrado resistência ao modelo de assinatura oferecido pela gigante de tecnologia.

Indústria reticente ao modelo de assinatura

Para Zinn, grande parte do mercado de jogos não está alinhada com o conceito do Game Pass ou serviços similares.

“Eu apenas acho que a maioria do mercado de jogos realmente não quer um Game Pass”, declarou.

Essa resistência, conforme aponta o artigo, se deve ao impacto que o modelo pode ter nas vendas tradicionais de jogos. Ao priorizar comissões por assinatura, desenvolvedoras e publishers arriscam perder receitas significativas oriundas de vendas físicas e digitais.

Impacto nas vendas e benefícios alternativos

A própria Microsoft já admitiu anteriormente que incluir jogos no Game Pass pode "canibalizar" as vendas de títulos próprios. Estimativas indicam que títulos no serviço podem sofrer quedas de até 80% nas vendas. Apesar disso, o modelo de assinatura também apresenta vantagens: jogos menos conhecidos podem alcançar maior popularidade e até se beneficiar em termos de alcance, especialmente quando disponíveis em múltiplas plataformas.

Meta ambiciosa para o futuro

Ainda assim, a Microsoft segue com planos ambiciosos. De acordo com o artigo, a meta é atingir 100 milhões de assinantes do Game Pass até 2030, um objetivo que depende de superar barreiras e convencer estúdios a abraçarem o modelo de assinatura.

Essa trajetória, no entanto, não será fácil. A resistência de desenvolvedores, somada às dificuldades de equilibrar vendas tradicionais com a proposta de assinaturas, representa um desafio estratégico para a empresa no mercado de games.

Fonte: The Information