Hideo Kojima admite: "Death Stranding é esquisito" — e isso é proposital

Hideo Kojima admite: "Death Stranding é esquisito" — e isso é proposital

Se você achou Death Stranding um jogo estranho, saiba que nem o próprio criador discorda disso. Em entrevista recente à Edge Magazine, Hideo Kojima afirmou com todas as letras que o título lançado em 2019 para PlayStation 4 é, sim, “esquisito”. A declaração confirma o que muitos jogadores já sentem desde a primeira vez em que controlam Sam Bridges carregando um cadáver rumo a uma explosão sobrenatural.

Conhecido por obras ousadas e muitas vezes desconcertantes, como a saga Metal Gear Solid, Kojima sempre foi um entusiasta da experimentação narrativa e de gameplay. Em Death Stranding, ele levou essa liberdade criativa ao extremo, criando um universo onde entregas são feitas em um mundo pós-apocalíptico repleto de entidades espectrais, chuvas que aceleram o tempo e conexões humanas reconstruídas por logística.

Na entrevista, Kojima foi direto ao dizer: “Não altero temas ou história com base em feedback. É claro que quero que as pessoas joguem meu jogo, então preciso ouvi-las até certo ponto. Mas não estou interessado em fazer algo que agrade a todos.” Essa abordagem reflete uma filosofia autoral rara nos dias atuais, especialmente em produções com orçamentos milionários.

Ele também revelou que, nos testes iniciais, cerca de 60% dos jogadores disseram que odiaram o jogo, o que ele considerou um "bom equilíbrio". A afirmação mostra que o desenvolvedor japonês vê valor no impacto emocional e na divisão de opiniões, algo que certamente contribuiu para o legado único de Death Stranding na indústria.

E a sequência vem aí: Death Stranding 2: On the Beach está a caminho e contará com uma turnê mundial de lançamento que inclui passagem pelo Brasil. Se a proposta do primeiro jogo já era fora do convencional, tudo indica que a continuação promete ser ainda mais ousada — e, por que não, mais esquisita.

Fonte: Games Radar+