FTC encerra disputa contra a Microsoft e valida aquisição da Activision Blizzard

FTC encerra disputa contra a Microsoft e valida aquisição da Activision Blizzard

A longa batalha legal entre a Microsoft e a Federal Trade Commission (FTC) finalmente chegou ao fim. Após perder seu mais recente recurso, a entidade regulatória dos Estados Unidos decidiu encerrar formalmente qualquer oposição à aquisição da Activision Blizzard, concluída pela Microsoft em 2023. A decisão foi registrada na última quinta-feira (22), colocando um ponto final nas tentativas do governo de desfazer a compra.

Segundo o documento oficial, a FTC concluiu que “o interesse público é melhor atendido pela rejeição do litígio administrativo nesse caso”. Com isso, não resta mais nenhuma possibilidade legal de a compra ser revertida por parte da comissão. A decisão marca uma reviravolta inesperada, especialmente após meses de resistência por parte da entidade.

A FTC foi uma das principais opositoras do acordo, alegando que a fusão poderia prejudicar a concorrência no setor de jogos eletrônicos, especialmente no mercado emergente de streaming. No entanto, após perder recursos importantes, a entidade optou por recuar, abrindo caminho para a consolidação definitiva da Microsoft como uma das maiores forças da indústria de games.

O presidente da Microsoft, Brad Smith, comemorou publicamente a decisão nas redes sociais. Em seu perfil no X (antigo Twitter), declarou:
“A decisão de hoje é uma vitória para jogadores ao redor do país e para o senso-comum em Washington, D.C. Estamos gratos à FTC pelo anúncio de hoje.”

A mudança de direção da FTC também coincide com a saída de Lina Khan da presidência da entidade. Conhecida por sua postura crítica em relação a grandes fusões no setor de tecnologia, Khan foi substituída em janeiro deste ano por Andrew N. Fergusson, representante alinhado à administração Trump e mais receptivo a aquisições de grande porte.

Desde que a compra foi finalizada, muitos dos temores levantados pela FTC não se concretizaram. A Microsoft não tornou Call of Duty exclusivo e, pelo contrário, expandiu seu portfólio para plataformas concorrentes. Títulos como Indiana Jones, Forza Horizon 5 e o recém-anunciado Doom: The Dark Ages estão confirmados para o PlayStation 5, reforçando o compromisso da empresa com uma abordagem multiplataforma.

Com o fim do impasse, a Microsoft pode agora focar totalmente na integração da Activision Blizzard e na expansão de seu ecossistema de jogos sem mais obstáculos regulatórios nos Estados Unidos.

Fonte: The Verge