Ex-funcionário da Nintendo defende preço alto e falta de descontos: "Isso aqui não é a Ubisoft"

Ex-funcionário da Nintendo defende preço alto e falta de descontos: "Isso aqui não é a Ubisoft"

A política da Nintendo de manter seus jogos a preço cheio mesmo anos após o lançamento voltou a ser pauta nos debates da comunidade gamer. A recente decisão da empresa de lançar títulos por até US$ 80 reacendeu críticas sobre os valores cobrados, principalmente pela sua resistência em oferecer promoções. No entanto, para Kit Ellis e Krysta Yang, ex-gerentes de relações públicas da Nintendo, essa é uma decisão consciente e baseada na visão de que os produtos da empresa possuem um valor premium.

Durante participação em um podcast, os dois ex-funcionários defenderam a política de preços da Nintendo afirmando que a empresa “respeita o valor” de seus jogos e não deseja desvalorizá-los com descontos constantes.

"Os produtos da Nintendo têm um valor imenso, e devemos sempre respeitar esse valor imenso. É por isso que não são colocados em promoção. Valor é valor, e nós levamos a sério o conceito de 'respeitar o valor do que fizemos, porque é muito especial'. Isso aqui não é a Ubisoft", afirmou a dupla, comparando com outras empresas que frequentemente oferecem descontos generosos.

Segundo eles, a Nintendo “condicionou” seu público a comprar os jogos no lançamento, justamente porque os valores não mudam com o tempo. A prática também é usada como uma forma de destacar a qualidade dos jogos da empresa.

"É uma taxa da Nintendo. O que nós fazemos vale US$ 60. Muitos desses outros jogos que custam US$ 60 são lixo. Eles não têm o nível de qualidade, o polimento ou a atenção da Nintendo, então precisamos distinguir o quão premium esse produto é por meio do preço, e você entenderá isso", disse Kit Ellis.

O tema se torna ainda mais relevante com a adiamento da pré-venda do Switch 2 nos EUA e Canadá, que levanta temores de novos aumentos nos preços por conta das tarifas impostas pelo governo Trump. Com isso, o novo console e seus jogos podem chegar ainda mais caros aos consumidores norte-americanos.

A Nintendo, por sua vez, segue firme em sua abordagem, defendendo que seus jogos mantêm valor e qualidade suficientes para justificar preços altos — mesmo quando o mercado como um todo oferece alternativas mais acessíveis.

Fonte: GamesRadar