Chefe da LTA refuta rebaixamento do Brasil no LoL e defende novo formato competitivo

Chefe da LTA refuta rebaixamento do Brasil no LoL e defende novo formato competitivo

Com a integração do Brasil na Liga das Américas (LTA), que substituiu o CBLOL e a LLA em 2025, o país perdeu o acesso garantido a competições internacionais, algo que alguns fãs interpretaram como um "rebaixamento". Porém, Igor Corrêa, líder de produto da Riot Games para a LTA Sul, rejeitou essa visão. Durante um evento em São Paulo no último sábado (18), ele destacou que a mudança eleva o Brasil a um status de maior relevância global.

"A gente não enxerga como rebaixamento, muito pelo contrário. Quando falamos em LTA e LTA Sul, estamos elevando o Brasil a tier 1, uma liga major dentro do novo ecossistema global," afirmou Corrêa, destacando o papel do país dentro das Américas.

Novo modelo e mudanças no cenário

A LTA está organizada em cinco grandes regiões globais (Américas, Europa, Pacífico, China e Coreia do Sul), e as equipes do Brasil agora competem ao lado de organizações latino-americanas. A LTA Sul é tratada como uma unidade, o que significa que, mesmo com representantes de diferentes países, o foco está na competição integrada.

A principal mudança está no acesso aos torneios internacionais. Antes, o campeão do CBLOL garantia vaga direta em competições como o MSI e o Worlds, ainda que nas fases iniciais. Agora, o modelo competitivo prevê:

  • First Stand: Apenas uma equipe das Américas terá vaga no campeonato inaugural da temporada.
  • MSI: Duas vagas totais, uma para cada conferência (Norte e Sul).
  • Worlds: Três vagas, com pelo menos uma garantida para cada conferência.

Essa estrutura permite que nenhuma equipe brasileira se classifique, dependendo dos resultados regionais.

Sustentabilidade e desafios financeiros

A unificação ocorreu em meio a dificuldades financeiras nos esports, incluindo o cenário norte-americano, que enfrentava uma grave crise. Segundo a Riot, o CBLOL, apesar do sucesso de audiência, não era sustentável financeiramente.

O novo modelo permite que as receitas geradas globalmente, como a venda de itens no jogo, sejam compartilhadas entre as cinco ligas. Mesmo assim, Corrêa destacou que a sustentabilidade será avaliada de forma ampla, considerando o impacto global e não apenas local.

"Queremos entregar uma grande experiência, especialmente nessa transição para a LTA Sul. Claro que a sustentabilidade é um grande objetivo, mas sempre com um olhar mais global do que local," explicou.

Mais competitividade no horizonte

Para a Riot, a integração busca fortalecer a competição e elevar o nível técnico, tanto na LTA Sul quanto no cenário global. Segundo Corrêa, a combinação entre times brasileiros e latino-americanos cria uma dinâmica mais desafiadora, mas também potencializa o crescimento das equipes no longo prazo.

"A gente busca mais sustentabilidade, mas também mais competitividade dentro dos campeonatos. Não é um rebaixamento, é uma alavancagem," concluiu.

Fonte: Blog Esports