Ações da Ubisoft despencam 18% após ano fiscal decepcionante

Ações da Ubisoft despencam 18% após ano fiscal decepcionante

A Ubisoft divulgou nesta terça-feira (14) os resultados financeiros referentes ao seu último ano fiscal, encerrado em 31 de março, e os números ficaram bem abaixo das expectativas dos investidores. Como resultado imediato, as ações da companhia despencaram cerca de 18% logo após a publicação do relatório.

De acordo com o balanço, a empresa francesa sofreu uma queda de 20,5% em suas reservas líquidas, registrando um total de 1,85 bilhão de euros (aproximadamente US$ 2,1 bilhões). Além disso, a Ubisoft reportou um prejuízo operacional de 15,1 milhões de euros (cerca de US$ 16,9 milhões), refletindo um desempenho comercial aquém do necessário, mesmo com o lançamento de grandes títulos.

Um dos principais lançamentos recentes da empresa, Assassin's Creed Shadows, não teve impacto positivo suficiente nas finanças para reverter a tendência negativa. Embora o jogo seja aguardado com interesse pela comunidade, ele ainda não conseguiu gerar o impulso necessário para recuperar a confiança dos investidores.

O quadro se agrava com a tendência de longo prazo: as ações da Ubisoft já acumulam uma queda de cerca de 60% nos últimos 12 meses, reflexo de diversos projetos que falharam em atingir metas comerciais ou críticas. O desempenho abaixo do esperado de jogos anteriores, como Skull and Bones, e a recepção morna a iniciativas no segmento de jogos como serviço também contribuíram para o cenário.

Em resposta à crise financeira e à desvalorização no mercado, a Ubisoft anunciou uma parceria estratégica com a gigante chinesa Tencent. As duas empresas formarão uma subsidiária conjunta, focada no desenvolvimento de algumas das maiores franquias da Ubisoft, incluindo Assassin's Creed, Far Cry e Tom Clancy’s Rainbow Six. A expectativa é que essa aliança fortaleça o alcance global da empresa e abra novos caminhos especialmente no mercado asiático.

Com a confiança do mercado abalada, a Ubisoft entra em um período de reestruturação crítica, tentando equilibrar seus próximos lançamentos com medidas estratégicas para recuperar sua estabilidade financeira e reputacional.

Fonte: CNBC